quinta-feira, maio 05, 2011

A saída

                            A saída


E quando a eu penso que não tem saída?
          Vejo o fim do poço, e a noção da realidade, fica meio turva...
As imagens não são as mesmas, os sons são desafinados, e as lágrimas são ácidas...
O coração vira um abismo... O relógio se ausenta dos fatos, e o chão é instável.
As paredes não são mais sólidas e confiáveis... E a verdade de esconde, a pressão aumenta, e busco a distância, distância que não vem! A quietude do ar solitário do quarto, e a música baixa do violão só me trás mais desejo de me distanciar...
Mais pra onde? Ou pior... Com quem?
A intuição já não tão aguçada... O medo, medo do desconhecido, e medo da melancolia de saber que nada voltará ao normal...
Quem dera pudesse desenhar as plenitudes do teu rosto... Quem dera saber esculpir teu corpo, e sentir teu calor... Quem dera pudesse eu ouvir as notas de suas canções...
Mais a sincronia me foge, e tudo que me resta, é morar em minha agonia sem fim...
Poderia sonhar mais até a imaginação me falta, ela se foi junto com minha vida. Junto com você!
E é reservada a mim a sua falta, a saudade, o seu cheiro impregnado em meus lençóis..
E reservado o sublimidade de minha própria tortura...
Domínio de mim? só você tem , o bel-prazer de ser de mim mesmo já não é tão importante... Não quando o anseio por te ter, chega ao limite de não mais me querer sem ti...
E a minha saída? Essa só virá quando pela porta você entrar e com um beijo, selar meu próprio inferno.


Maio de 2011
                                                  Andressa Souza 

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