O vento frio surpreende anunciando a chuva que se aproxima. Memórias
retornam e inflam desejos e saudades. O vento frio lembra que longe, muito
longe, o sol brilha vibrante. Pais, irmãos, sobrinhos e o sonho de rever as avós. Há grandes ruas com crianças a correr. As mães chamam para dentro de casa
quando o sol decide dar adeus. Os dias são leves. Bicicletas levam o vento
quente em velocidade. Ruas largas, quentes, nada acinzentadas. Afetos nutridos
por afetos. Luzes brancas com pontos vermelhos cintilantes. A noite fria
retorna. É inevitável pensar nos ventos quentes que tão longe estão. Rápido,
rápido. Um novo dia começa. Café, livros. Imersão em doces sonhos futuros. Vontade
de acontecer. O novo é refrescante e está logo ali, como um vento morno... meio
frio, meio quente. Ora, criar é viver e viver é lembrar.
Andressa S.
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